Após discutirmos o conceito de preço como parte do composto de marketing, e também um pouco sobre precificação, agora serão apresentadas algumas táticas de preço, ações específicas utilizadas no varejo para atrair os consumidores a realizarem a compra.
O nome “táticas de preço” é utilizado, pois muitas vezes o preço final do produto é alterado, mas sem fugr da estratégia de preço definida anteriormente (considerando custos, concorrência e valor para o cliente).
Preço Alto-Baixo
Oliveira (2008) coloca que a estratégia de preço alto-baixo é utilizada quando a empresa varejista oferece descontos de preços em alguns produtos anunciados, e depois retorna para o preço normal.
Para que estas promoções sejam realizadas os varejistas procuram também comprar estes produtos a preços especiais.
O procedimento exige uma grande atenção no controle dos estoques, para que não haja falta dos produtos anunciados, o que pode gerar alto índice de insatisfação.
Existe hoje nos Estados Unidos um desgaste desta prática, e os consumidores mais educados hoje rejeitam esta prática e buscam varejistas que se utilizam da estratégia de preço baixo todo dia (Everyday Low Price). (OLIVEIRA, 2008)
Preço Baixo Todo Dia
Na tática de preço baixo todo dia (termo original em inglês: “Every Day Low Price”, cunhado pela maior rede varejista do mundo, Wal Mart), a empresa opta por praticar uma política permanente de preços baixos.
Neste caso, Oliveira (2008) afirma que o objetivo é evitar a variação nos preços e conquistar a confiança dos consumidores, além de uma imagem de preço baixo (grande diferencial no varejo).
Oliveira (2008) coloca que algumas das vantagens desta prática são: “a empresa conquista uma maior credibilidade de preços com os clientes, reduz seus gastos de propaganda, evita altos e baixos nas vendas de produtos e assim minimiza as situações de excessos de estoques e faltas de produtos”. A desvantagem é “os consumidores ainda se sentem muito atraídos pelas ofertas com reduções de preços, e acabam atribuindo a esses varejistas uma boa imagem de preço. Conseguir atrair clientes que estão acostumados às freqüentes ofertas de preço dos concorrentes é um processo demorado e penoso”. (OLIVEIRA, 2008)
Preço de Referência
Oliveira (2008) aborda também a tática de preço de referência, que é “o procedimento de mostrar o preço anunciado em oferta junto com seu preço normal de venda.
Um exemplo seria o supermercado que anuncia que o preço de um televisor que antes era R$1200,00 agora está sendo vendido por R$999,00.
Oliveira (2008) afirma que “alguns varejistas inescrupulosos deturpam essa estratégia, e procura enganar o consumidor inchando o preço normal para dar a impressão de um maior desconto”.
Em alguns casos de livre concorrência, utiliza-se também o preço de referência na hora de comparar o preço de uma empresa com o de seus concorrentes, ou também em relação ao preço sugerido pelo fabricante.
Preço Líder
Oliveira (2008) afirma que o preço líder é uma prática muito comum no Brasil, principalmente nos grandes varejistas. O supermercado coloca “um produto líder (exemplo: detergente Omo, arroz Tio João, sorvete Kibon, achocolatado Nescau) em oferta por um preço muito baixo, para incrementar o tráfego de clientes na loja”.
Assim, quando um produto destes é divulgado sem margem de lucro, ou até com prejuízo, é chamado de preço “boi-de-piranha”, pois serve para atrair os consumidores a comprar também outros produtos, onde a margem de lucro é maior, e compensando a perda no produto líder.
Preço por Volume
Oliveira (2008) coloca que a estratégia de preço por volume (ou preço múltiplo), é aquela utilizada “quando os varejistas dão desconto para clientes que comprarem quantidades maiores. Assim, o preço de cada unidade num pacote composto por mais de um produto (multiple-unit package) é menor que o preço de cada produto vendido isoladamente”.
Esta estratégia embasada no conceito de “ganhos de escala” busca encorajar o aumento no valor total das compras do cliente, com a redução de preços buscando aumentar o volume, ou mesmo para escoar mercadorias que estão sobrando no estoque.
Preço Sazonal
Além destas táticas apresentadas por Oliveira (2008), existem também outras opções interessantes para se trabalhar. O preço sazonal é uma tática onde o preço dos produtos ou serviços variam de acordo com o dia da semana ou época do ano específica.
Um exemplo típico seria no turismo, os períodos de alta e baixa temporada. O mesmo quarto de hotel que custa R$50,00 por dia durante o período de baixa temporada pode custar o dobro (ou até mais que isso) no período de alta temporada.
O fator gerador desta variação de preços é a disponibilidade (oferta e demanda) de produtos em determinados períodos. Nos meses de férias ou mesmo nos feriados prolongados, existe uma procura muito grande por quartos de hotel, mesmo que os custos para disponibilizar este serviço sejam os mesmos.
Preço Psicológico
Temos ainda o preço psicológico, que é aquele que usa a dissonância da percepção de valor dos clientes em relação ao preço. Simplificando, consiste em utilizar-se de preços como R$9,99 ou R$99,90 nos produtos, o que faz com que o cliente perceba o preço do produto como sendo mais barato.
No exemplo de R$9,99 o produto custa praticamente R$10,00, mas o cliente percebe este custo como sendo de R$9,00 (R$1,00 mais barato), cerca de 10% de diferença no preço (que é todo absorvido como lucro).
Esta prática foi extensivamente usada com diferenças na última casa decimal, e depois evoluiu para R$9,95 ou mesmo R$9,90.
Esta (e as outras táticas de preço apresentadas anteriormente) devem ser utilizadas sem que venham a afetar a percepção do cliente quanto à lealdade da empresa, que pode trazer conseqüências piores que os benefícios obtidos pelo uso destas táticas.
Olá, tenho procurado algo a respeito na web e nao tenho encontrado. Eu estava querendo saber se divulgar nossos preços online não é o correto a ser feito por conta de concorrência, sendo uma empresa local. E o porque de divulgar ou nao. Eu nao vejo porque nao divulgar ja que o acesso a precos hoje é muito facil, mas ha empresários que insistem em nao divulgar como se fosse esconder o preço da concorrência. Obrigado pela atenção.
Olá caro Guilherme,
Acredito que você possa divulgar os preços, contanto que seu site ou ferramenta de divulgação permita que o potencial cliente avalie seus produtos e possa fazer uma análise de custo-benefício.
Com experiência na área de internet, afirmo com segurança que o usuário que pode analisar seu preço coloca você como patamar de comparação com outras empresas. Quanto mais commoditizado for o seu produto, maior as chances de você concorrer apenas por preço, aí você precisa realmente ter preços competitivos.
Agora, se sua esfera de concorrência for outra, pode colocar os preços sem medo algum, já que provavelmente o cliente irá analisar outra dimensão do seu produto/serviço, com o preço sendo parte importante (mas não a única) da análise.
[…] Táticas de Preço para o Marketing, do Portal de Administração e Gestão; e […]
Olá,Boa noite!
Adorei o Artigo acima, foi muito esclarecedor em muitos aspectos, vou ler mais e mais pois sou Empreendedora e Designer e gostaria de saber mais a respeito de Divulgação na Internet, pois a minha Área é muito competitiva, onde eu moro existem pessoas que fazem o que eu faço e estou tendo que Baixar o valor dos meus produtos para me adaptar a concorrência pois o mesmo está enfraquecendo o meu trabalho,você teria alguma ídeia a este respeito sobre o que devo fazer?
Desde já muito obrigada!
Olá Alinne,
Tudo bem?
Sou sócio-fundador de um grupo de empresas de divulgação na internet, o Grupo WTW. Aqui temos alguns cases de marketing digital que podem te interessar.
guilherme, acredito que no mercado real onde a maioria das grandes coorporacoes sobrevivem, o preco real da mercadoria é dada ao preco real do produto, assim como nome do fornecedor, endereco da empresa, inclusive o cnpj, a maior franqueza do negocio não é um vexame, mas sim a sua fachada de sucesso em poder alavancar sua clareza em vender um produto bom ao preco justo no mercado onde há muita falcatrua principalmente voltada à midia comercial da internet.
abusos de precos, precos baixos, locais de encontro suspeitos, pessoas laranjas que pedem deposito antecipado (caso muito ocorrido na OLX) são a parte negativa e desgastadora de tempo hoje em dia.
a honestidade nos negocios midiaticos e e-commerce sao tao indeferidos a realidade que o proprio mercado livre tem uma politica de ressarcimento à danos morais ao proprio site e ao consumidor perante esses comerciantes de falso caracter.
eu por mim mesmo, faco comercio inclusive no facebook, ate doacao ja fiz, colocando o endereco da minha propria residencia e nunca tive problema algum com algum consumidor.
claro que há execoes e erros que podem ser remedidos ou diagnosticados em todo caso, a melhor saida é a honestidade e a clareza dos fatos.
também tem a cautela nisso tudo, vale lembrar que o bitcoin nasceu de um sequestro relampago na internet relacionando o proprio facebook.
mas sao aguas passadas, hoje em dia o medo da turma do mal está tao grande no estádio do mercado global que vejo muita gente contente com oque compra e vende pela internet. fazendo até manutencao…
o ecommerce funciona, sim cara, e muito, mas é sempre bom ficar atento as mudancas e com quem se faz negocio para nao perder a credibilidade da empresa nem perder de ganhar tambem.
valeu